Liderança feminina no mercado de trabalho: Conheça 3 mulheres brasileiras que estão mudando o mundo corporativo
Não é exagero dizer que estamos longe da igualdade de gênero. E que este é um problema sistêmico, ainda presente na realidade da grande maioria de mulheres brasileiras que muitas vezes se vêem em duplas, triplas jornadas.
Heranças históricas e estruturais são responsáveis por as mulheres acessarem tão tardiamente o mercado de trabalho no Brasil. Segundo o Relatório Global sobre a Lacuna de Gênero, 2020 (Global Gender Gap Report):
“O Brasil está na 130º posição em relação à igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem funções semelhantes, em um ranking com 153 países.”
Para reverter este cenário, nos últimos anos, empresas e organizações vêm fomentando ações tendo como aliada para esta mudança o pilar de Diversidade. Cada vez mais ambientes inclusivos vêm demonstrando que são fonte de criatividade e performance financeira.
Pessoas diferentes impactam também a cultura e o clima, e quando se sentem incluídas e representadas, se tornam promotoras de sua marca empregadora.
Recentemente, li um estudo chamado “Carreira Feminina: Em tempos de empregabilidade 4.0” (2016) organizado pela CEO da Arbache Innovations, Ana Paula Arbache em parceria com diversas outras mulheres pesquisadoras e que ocupam cargos de liderança do mercado de trabalho. Foi lá que, encontrei um dado da Accenture que diz, países em desenvolvimento, como o Brasil, podem chegar a igualdade de gênero até 2066 se:
1) As mulheres poderem se dedicar às carreiras mais estratégicas;
2) As mulheres desenvolverem habilidades digitais para poderem abastecer a era tecnológica em que vivemos;
3) Os governos, empresas e universidade apoiarem e investirem em políticas e diretrizes voltadas para essa temática;
Ainda que este seja um desafio constante, quero compartilhar com vocês algumas mulheres que já estão revolucionamento o ambiente corporativo:
Lisiane Lemos:
Lisiane Lemos é membro do conselho consultivo do Fundo de População das Nações Unidas e foi apontada como uma das brasileiras mais influentes na lista Forbes under 30, embaixadora I’m the Code (movimento global liderado por africanos para desenvolvimento de meninas nas áreas de ciências e tecnologia). Em sua trajetória profissional figuram empresas como Microsoft e Google. Lisiane é uma inspiração, sobretudo para mulheres negras, que assim como ela querem alcançar os mais altos cargos de liderança.
Gabriela Augusto:
Gabriela Augusto, é uma mulher trans e negra. Nos últimos anos tem se dedicado a um trabalho de consultoria em Diversidade e Inclusão nas organizações. Bacharel em Direito pela PUC, fundou a Transcendemos Consultoria, com objetivo de tornar os ambientes das organizações ainda mais inclusivos e sustentáveis. Já colaborou com ações de D&I para empresas como Gerdau, Google, Kraft-Heinz e Citi. Gabi já foi ganhadora do prêmio McKinsey LGBTQ+ Achievement Award e foi reconhecida em 2020, como Linkedin Top Voice.
Adriana Barbosa:
Adriana Barbosa é CEO da Pretahub e fundadora da Feira Preta. Ela criou a Feira Preta em 2002. Quase 20 anos depois, a feira tornou-se o maior festival de cultura negra da América Latina. É um dos nomes na lista dos 51 negros com menos de 40 anos mais influentes do mundo, pelo Most Influential People of African Descent, o MIPAD, em 2017.
Espero que estas três histórias de empoderamento feminino cheguem até você e te inspirem. Mas também que te tragam um ponto de reflexão de que é preciso lutar pela igualdade de gênero sem deixar de lado outros marcadores sociais. Ah, mas isso é papo para o próximo artigo 😉
Para saber mais, escute mais em: “Papo Match”
1 comentário
Excelente iniciativa!
Ótimo trabalho!
Progresso sempre!
Parabéns! Sucesso!