Como reconhecer e ativar sua inteligência emocional
Nós, erroneamente, aprendemos que não devemos demonstrar nossas emoções. Seja no ambiente pessoal ou profissional. Esse medo do julgamento, altamente prejudicial, nos levou por muito tempo a pensar que a inteligência emocional é uma habilidade inata ao ser humano, mas não é. Assim como qualquer outro soft skill, a inteligência emocional é uma habilidade que pode ser aprendida.
Mas o que é inteligência emocional?
Inteligência emocional é um conceito que descreve a capacidade de reconhecer, gerenciar e avaliar suas próprias emoções e também a de outras pessoas.
E como saber lidar melhor com nossas emoções?
Gerenciar nossas emoções deve ser uma prática diária. Demanda observação, questionamento, ação e regulação. Dois pesquisadores muito importantes, precursores nos estudos sobre inteligência emocional, Peter Salovery e John Mayer, definem a IE como: “a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela e saber regulá-la em si próprio e nos outros”. Para eles, há quatro domínios essenciais quando pensamos a inteligência emocional:
Percepção das emoções: Como e quando você tem percebido suas emoções? Com que precisão?
Raciocínio por meio das emoções: Você tem usado suas informações emocionais como ferramenta para facilitar seu raciocínio?
Entendimento das emoções: Para além de ter identificado, você tem compreendido a fundo suas emoções?
Gerenciamento das emoções: Como você gerencia suas emoções?
Em seu livro “Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser”, Daniel Golemann aponta 12 pilares fundamentais para a IE, com base nas habilidades competências que são importantes para o desenvolvimento pessoal, mas sobretudo para o desenvolvimento profissional. Destacamos 5 aqui:
Autoconhecimento:
Você tem se observado? É essencial reconhecer as próprias emoções.
Você tem observado o outro? É importante perceber os sentimentos de outras pessoas.
Quais são suas aspirações, suas inclinações, seus pontos fortes e aqueles mais sensíveis. Ter autoconhecimento te ajuda no processo de conhecer a si mesmo, e tudo aquilo que te cerca
Controle Emocional:
Você tem conseguido autorregular suas emoções? Veja bem, autorregulação não é mascarar seus sentimentos e sim aprender de forma assertiva com eles.
Automotivação
A gente sabe que o “meio” impacta na forma como nos sentimos motivados ou não. Mas você tem reconhecido quais são suas motivações? Por exemplo, quando você se aplica para um processo seletivo, o que te leva a se inscrever, quais resultados você quer alcançar.
Ser automotivado te ajuda no seu desenvolvimento e também no alcance de suas metas
Empatia:
Como diz Brené Brown, empatia gera conexão. Como você tem observado o outro? Tem se colocado ao lado desta pessoa? Reconhecer a perspectiva do outro é muito importante para qualquer relação.
Habilidade de Relacionamento Interpessoal:
Se relacionar com grupos diversos, com diferentes motivações não é uma tarefa fácil, demanda disponibilidade. Fomos ensinados desde muito cedo a ficar numa zona de conforto. Mas para se desenvolver é necessário reaprender a se relacionar e ser intencional nas suas relações e interações sociais.
Como desenvolver inteligência emocional?
Observe suas emoções diante das mais variadas situações, como você se coloca diante de um desafio? Mas não só isso, como você se autoavalia no seu dia a dia.
Seja mais empático: Se conectar com a perspectiva do outro nos ajuda a conhecer mais o outro, mas também a ter mais conhecimento do mundo.
Abrace o seu processo: Apesar de todas as dicas aqui, cada pessoa tem uma experiência diferente no desenvolvimento de sua inteligência emocional. Respire, tome seu tempo, estude e se conecte consigo mesmo e com seu entorno.
E nunca se esqueça: Ativar a inteligência emocional é urgente e nunca é tarde para recomeçar.
